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Como escolher entre tantos sabores de Linux?

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Um dos grandes desafios para os que desejam iniciar no Linux é a grande variedade de distribuições, ou ‘sabores’ de Linux. Pra quem vem de Windows isto é bastante confuso, porque Windows é Windows – cada versão tem sua ‘cara’ mas a variedade acaba por aí. Mas a natureza livre do Linux significa que cada um tem liberdade de montar seu sistema como quiser – e aí muitos grupos de desenvolvedores acabam tentando fazer a ‘distribuição definitiva’ que atenda seus gostos. Há hoje mais de 275 distribuições diferentes, o que é bastante intimidador pra quem quer começar neste mundo.

Fonte: xkcd

Como escolher sua primeira distribuição Linux

Embora com o tempo você se sentirá à vontade para usar diferentes distros, a pergunta mais importante é: com qual começar?

Comece com uma distribuição muito utilizada. Isso significa que será mais fácil encontrar respostas às perguntas que você tiver. Distribuições exóticas podem ter tudo que você queria, mas se só tiver uma comunidade ativa no Azerbaijão você não vai conseguir ir longe quando esbarrar na primeira dúvida (a não ser que fale…. azerbaijano??) Isto já reduz bastante a lista.

A seguir, defina o tipo de utilização. As características desejadas para um servidor são bem diferentes de um desktop ou um notebook. Distribuições populares e bem documentadas para servidores são Debian e Ubuntu (que são da mesma ‘família’, com o Debian sendo suportado por uma comunidade robusta e o Ubuntu tendo opções comerciais de suporte da Canonical). Ou o Red Hat Enterprise Linux (RHEL) e CentOS, que são similares entre si (o RHEL tem a IBM por trás que vende serviços de suporte, o CentOS é baseado na comunidade). Como já disse em outro artigo, eu gosto do Debian pela estabilidade e estrutura do sistema de pacotes, mas o Ubuntu pode ser uma alternativa interessante para servidores em nuvem ou se quiser um contrato de suporte, por exemplo.

Pense na experiência do usuário. Algumas distribuições oferecem várias opções de ambientes gráficos, outras se destacam por uma ‘cara’ específica. Na prática, usuários não técnicos e vindos do Windows vão se sentir mais à vontade numa distribuição que lembre os conceitos do Desktop do Windows. Embora muitos atendam este requisito, eu recomendo o Zorin OS pela excelente interface de usuário e por ser derivado do Ubuntu e Debian, que são muito populares. O Linux Mint seria uma opção, embora eu goste mais da interface refinada do Zorin.

Se ter o jeitão do Windows não é tão importante, se não tem medo de coisas diferentes, dê uma chance do Ubuntu. A interface é fluida e leve e pode ser customizada bastante.

Se você faz questão de um dock com a cara do Mac OS experimente o UbuntuDDE. É uma distribuição nova e pode não ‘vingar’, mas usa uma interface linda desenvolvida originalmente para um Linux chinês chamado Deepin e tem a base do Ubuntu, o que facilita achar informação na web.

Resumindo

Para servidores, recomendo o Debian, ou se quiser suporte comercial, o Ubuntu Server.

Para usuários não técnicos vindo do Windows, recomendo o Zorin OS.

Par quem quer uma interface que lembra o Mac OS, recomendo o UbuntuDDE.

Para quem não se importa em uma interface diferente, instale o Ubuntu.

É claro que este artigo só tratou de algumas opções, e existem muitas excelentes distribuições por aí. Alguns usuários experientes poderão dar mil razões de por que a distribuição que recomendo é lixo e a que eles recomendam é muito melhor. Mas o importante é começar. Aí você vai poder escolher aquela que você prefere. Ou, quem sabe, começar sua própria distribuição. 😉

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